A atriz Miriam Margolyes, famosa por viver a Professora Sprout nos filmes da saga Harry Potter, voltou aos holofotes ao revelar detalhes sobre sua saúde e ao defender publicamente a legalização da morte assistida no Reino Unido. Aos 84 anos, a artista afirmou que deseja ter o direito de decidir como encerrar sua vida caso sua autonomia seja completamente comprometida.
Saúde e limitações atuais
Margolyes enfrenta problemas sérios decorrentes de estenose espinhal e osteoporose, doenças que reduziram drasticamente sua mobilidade. Para se locomover no dia a dia, ela alterna entre bengalas, um andador e uma scooter elétrica. Essas dificuldades fizeram a atriz refletir sobre como deseja lidar com um possível agravamento de sua condição.
A visão da atriz sobre o futuro
Segundo Margolyes, se chegasse a uma situação em que não pudesse mais se comunicar, perdesse a memória ou ficasse permanentemente acamada, preferiria ter a opção de interromper sua vida de maneira digna. A atriz foi direta ao afirmar que gostaria de encerrar sua vida nessas circunstâncias, reforçando que a escolha deve estar nas mãos do próprio paciente.
O debate sobre morte assistida no Reino Unido
O tema é amplamente discutido no país, mas ainda não há legalização. Atualmente, tramita no Parlamento britânico o projeto de lei chamado Terminally Ill Adults (End of Life) Bill. A proposta prevê que pessoas em estado terminal, com menos de seis meses de expectativa de vida e capacidade mental preservada, possam solicitar ajuda médica para abreviar sua vida.
Diferente da eutanásia, a medida chamada de morte assistida exige que o paciente seja o responsável por administrar a medicação prescrita. Todo o processo passaria por avaliações médicas e jurídicas rigorosas para garantir que a decisão seja consciente e voluntária.
Reflexão sobre dignidade no fim da vida
A fala de Miriam Margolyes amplia o debate sobre como lidar com doenças graves e sofrimento prolongado. Ao usar sua visibilidade para falar do tema, a atriz levanta uma questão ética importante: até que ponto cada indivíduo deve ter o direito de decidir sobre o próprio fim, quando a vida deixa de ser sinônimo de qualidade e bem-estar.